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Mar Morto - Jorge Amado (Obra Literária da UEMA)

Mar Morto – Jorge Amado (Obra Literária para UEMA)

Mar Morto é certamente, um romance escrito por Jorge Amado, um renomado autor brasileiro.

A obra foi publicada em 1936 e faz parte do ciclo de romances regionalistas do autor, que retratam a vida e as tradições da região nordeste do Brasil.

Resumo

Em síntese, Mar Morto de Jorge Amado, conta a história de Guma, um pescador que vive na Ilha de Itaparica, na Bahia.

Guma lida com as dificuldades da vida na ilha, com o intuito de enfrentar os desafios como a falta de recursos, as disputas entre pescadores e a influência das superstições locais.

Enfim, o enredo se desenrola em meio às características marcantes da cultura e da sociedade baiana.

O título “Mar Morto” faz referência à Baía de Todos os Santos, onde a vida marinha é afetada pela poluição e pelo despejo de esgoto, refletindo metaforicamente a decadência social e econômica da região.

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Em primeiro lugar, o romance aborda temas como a luta pela sobrevivência, as relações comunitárias, a exploração dos trabalhadores e a busca por dignidade em um cenário adverso.

A narrativa é permeada pelo estilo cativante juntamente com o estilo regionalista de Jorge Amado, caracterizado pela riqueza de personagens e pela valorização das tradições populares.

“Mar Morto” é uma obra emblemática do modernismo brasileiro e contribui significativamente para a compreensão da cultura e das questões sociais do Nordeste do Brasil na primeira metade do século XX.

Sobre o Autor:

Jorge Amado, filho da Bahia, nasceu em 1912 e é inegavelmente, um gigante da literatura brasileira.

Em “Mar Morto”, ele pinta um quadro vívido da vida nordestina, usando as cores e os cheiros da Bahia para criar uma narrativa inesquecível.

Decerto, a pegada do Amado não é só na escrita, é na alma da Bahia que ele coloca no papel.

Cresceu ali, entre os acarajés e as histórias sussurradas à beira-mar. E quando ele pega a caneta, é como se o coração da Bahia começasse a pulsar nas páginas.

Estilo Único:

A escrita de Amado é um prato cheio. É como se ele pegasse as palavras e as temperasse com a autenticidade do Nordeste.

Cada página é um convite para entender a Bahia de uma forma que só Amado consegue mostrar.

A magia está nos detalhes. Ele não descreve só um pescador, ele desenha um personagem com cheiro de peixe, com calo nas mãos de tanto trabalho, e com uma fé tão forte quanto o sol que ilumina a Bahia.

Antes de mais nada, as palavras dele não são só palavras; são aromas, cores e sabores da terra natal.

É como se ele puxasse uma cadeira e te convidasse para um café na venda da esquina, só para te contar as histórias que ele ouviu dos pescadores nas noites quentes de verão.

E quando você fecha o livro, fica com a sensação de ter dado um rolê pela Bahia, mesmo estando no sofá de casa.

Quem São os Personagens:

Guma, o protagonista de “Mar Morto”, é mais que um personagem. Ele é a representação viva do trabalhador nordestino, um herói à sua própria maneira.

Com suor no rosto e uma fé inabalável, Guma carrega nas costas não apenas suas próprias lutas, mas também as batalhas de toda uma comunidade à beira-mar.

A história de Guma se desenrola em um cenário onde cada personagem é uma peça única do quebra-cabeça da Bahia.

Essa galera que Amado apresenta não é só coadjuvante, são peças fundamentais que dão pulsação ao enredo.

Portanto, eles são como as ondas que batem na praia, cada uma trazendo uma história, uma emoção, uma cor diferente.

E é essa mistura de emoções que faz você se sentir parte dessa comunidade beira-mar.

Tem o pescador que conta as melhores piadas, a rezadeira que conhece todos os segredos do mar, o moleque arteiro que faz travessuras que você só vê na beira da praia.

São pessoas comuns, mas com uma autenticidade que salta das páginas.

Guma: Mais que um Herói, um Símbolo:

Guma não é só o cara que enfrenta as águas turbulentas da Baía de Todos os Santos; ele é o símbolo da resistência, da força e da esperança de todo um povo.

Ele personifica as lutas e vitórias que ecoam na vida de cada trabalhador nordestino.

E essa comunidade à beira-mar não é só um cenário. É um personagem vivo, pulsante, que tem uma voz coletiva que ressoa nas cantigas, nas histórias compartilhadas nos bares e nos lamentos das pescas ruins.

É uma experiência imersiva, onde cada personagem é mais que uma construção literária; é uma extensão da riqueza cultural da Bahia.

“Mar Morto” não é apenas sobre Guma; é sobre todos eles, sobre nós.

É uma celebração da vida simples, porém extraordinária, que pulsa nas veias da comunidade beira-mar, onde cada personagem é uma nota em uma sinfonia que só quem conhece a Bahia de perto pode entender.

E junto com ele, você vai conhecer uma galera de personagens que dão ainda mais vida ao enredo.

É uma mistura de emoções, cores e histórias que te fazem sentir parte dessa comunidade beira-mar.

Fala que Marca:

As palavras de Amado têm um poder especial.

Frases e passagens em “Mar Morto” capturam o jeito único de viver na ilha, como as águas paradas da baía que representam mais do que um cenário – é quase uma metáfora da vida na região.

“O mar não morre nunca. É um mito, uma mentira. Parece morto, mas está cheio de vida. E é morto, porque o homem não presta, não vale a pena, não merece a vida do mar.”

Essa citação ressoa como um lamento profundo, capturando a dualidade entre a aparente calma da baía e a vida pulsante que ela esconde.

É uma reflexão sobre a relação complexa entre o homem e a natureza, onde o mar, apesar de “morto”, permanece cheio de vida.

“Na verdade, todos querem a mesma coisa: sossego. Querem viver sem ameaças, sem preocupações.”

Esta frase toca a essência das aspirações comuns da comunidade à beira-mar.

Expressa a busca por uma vida simples, tranquila, sem ameaças, revelando as aspirações universais dos personagens e, por extensão, da própria Bahia.

“A esperança é o que não morre nunca. É como o mar, parece morta, mas está cheia de vida.”

Aqui, Amado tece uma conexão poética entre a esperança e o mar.

A metáfora destaca a resiliência da comunidade, onde, mesmo nas adversidades, a esperança persiste como as águas que, apesar de aparentemente mortas, estão cheias de vida.

“A vida é feita de partidas e chegadas. Partimos da vida, chegamos à morte; Partimos do dia, chegamos à noite. Partimos do amor, chegamos à saudade.”

Esta fala reflete a profundidade filosófica presente em “Mar Morto”.

Amado usa o ciclo de partidas e chegadas para explorar temas universais como vida, morte, amor e saudade, conectando as experiências dos personagens à natureza cíclica do mar.

“O mar é uma mulher que, mesmo a gente indo embora, fica a olhar-nos. Até o último instante.”

Essa expressão poética personifica o mar como uma figura feminina observadora, ressaltando a relação simbiótica entre a comunidade e as águas que a cercam.

A frase transmite uma sensação de conexão e eternidade, mesmo diante das despedidas.

Essas falas marcantes de “Mar Morto” não apenas pintam o cenário, mas mergulham fundo na alma da Bahia, revelando as camadas de significado que permeiam a narrativa de Jorge Amado.

Retrato Social e Cultural:

Mar Morto de Jorge Amado, não é só uma história, é um reflexo da Bahia do século XX.

Fala sobre trabalho, dignidade, tradições e o jeito autêntico de viver.

É uma viagem ao coração da cultura brasileira, onde o social e o cultural se encontram.

Autor

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