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Dia do Datiloscopista: história e importância da profissão

O Brasil celebra o Dia do Datiloscopista em 5 de fevereiro para reconhecer o trabalho dos profissionais responsáveis pela identificação humana por meio das impressões digitais. Em 1963, o então presidente João Goulart oficializou a data ao publicar o decreto número 52.871. A escolha desse dia faz referência à publicação do decreto número 4.764, de 5 de fevereiro de 1903, que instituiu o sistema datiloscópico no Brasil.

O datiloscopista, também chamado de papiloscopista, desempenha um papel fundamental na segurança pública, na emissão de documentos e em investigações criminais. Seu trabalho consiste em coletar, armazenar e analisar as impressões digitais, permitindo a confirmação da identidade de indivíduos em diversas situações.

A seguir, será abordada a história da profissão, sua relevância para a sociedade e os desafios enfrentados por esses profissionais.


O que faz um datiloscopista

O datiloscopista é responsável pela identificação de pessoas por meio das impressões digitais. Esse profissional utiliza técnicas específicas para coletar, armazenar e analisar essas marcas únicas, presentes nas pontas dos dedos, palmas das mãos e plantas dos pés.

Entre suas principais atividades, estão a emissão de documentos como registros gerais e passaportes, a colaboração em investigações criminais e forenses e a aplicação de técnicas para recuperação de impressões digitais em cenas de crime. Além disso, o datiloscopista também atua em pesquisas médicas e antropológicas, auxiliando na identificação de indivíduos em diferentes contextos.

Seu trabalho é essencial para evitar fraudes e falsificações, garantindo que a identidade de cada pessoa seja preservada e protegida.


Origem da datiloscopia no Brasil

A introdução da datiloscopia no Brasil ocorreu graças a José Félix Alves Pacheco, um jornalista, tradutor, poeta e político piauiense que defendeu o método de identificação por impressões digitais. Além disso, ele foi responsável pela criação do primeiro Gabinete de Identificação e Estatística da Polícia do Distrito Federal.

Antes disso, os métodos de identificação eram imprecisos, permitindo que criminosos utilizassem nomes falsos para escapar da justiça. Por essa razão, o sistema datiloscópico trouxe um método seguro e confiável, baseado em características únicas das digitais, que de fato não se repetem em nenhum indivíduo.

Com a implementação desse sistema, a segurança pública ganhou um instrumento fundamental para a identificação de pessoas. Posteriormente, o gabinete criado por José Félix Alves Pacheco recebeu seu nome e passou a ser chamado de Instituto de Identificação Félix Pacheco.

A importância do datiloscopista na segurança pública

O papiloscopista desempenha um papel crucial na investigação criminal. Seu trabalho é essencial para solucionar crimes, pois permite a identificação de suspeitos e vítimas por meio das impressões digitais encontradas em cenas de crime.

Entre as funções do datiloscopista na área forense, estão a coleta de impressões digitais em locais de crime, a comparação dessas digitais com registros oficiais, a identificação de corpos sem documentação e a recuperação de impressões digitais apagadas ou deterioradas.

A tecnologia transforma a profissão ao permitir o armazenamento de impressões digitais em bancos de dados digitais. Esse avanço agiliza os processos de identificação e aumenta a precisão das análises.


Como se tornar um datiloscopista no Brasil

Quem deseja atuar como datiloscopista no Brasil precisa prestar concurso público. As polícias civis e federais oferecem esse cargo, exigindo que os candidatos atendam a requisitos específicos..

Os interessados precisam ter ensino superior completo, sendo preferível formação em áreas como biologia, química ou direito. Após a aprovação no concurso, o candidato passa por um curso de formação específico, no qual aprende técnicas de datiloscopia, identificação humana e procedimentos periciais.

A profissão exige atenção aos detalhes, raciocínio lógico e habilidades analíticas, pois o trabalho envolve a análise minuciosa de impressões digitais e outros traços biométricos.


Avanços tecnológicos na datiloscopia

A datiloscopia passou por diversas transformações ao longo dos anos, impulsionadas pelo avanço da tecnologia. Os métodos tradicionais de coleta e análise foram aprimorados, tornando o processo mais ágil e eficiente.

Os bancos de dados biométricos digitais permitem a comparação instantânea de impressões digitais, facilitando a identificação de indivíduos. Além disso, os leitores biométricos modernos são amplamente utilizados em dispositivos móveis, sistemas bancários e controle de acesso.

As técnicas de recuperação de impressões digitais apagadas ou deterioradas evoluíram, tornando-se mais sofisticadas. Esse avanço permite preservar evidências mesmo em condições adversas.o em condições adversas.

A biometria se tornou essencial em diversos setores, indo além da segurança pública e sendo aplicada na emissão de documentos, no reconhecimento facial e no uso de dispositivos eletrônicos.


Os desafios enfrentados pelos datiloscopistas

Apesar da importância do trabalho dos datiloscopistas, a profissão enfrenta desafios no Brasil. Entre os principais obstáculos, estão a falta de investimentos em tecnologia e infraestrutura, a necessidade de capacitação contínua dos profissionais e a sobrecarga de trabalho devido à alta demanda por serviços de identificação.

A modernização dos equipamentos e a ampliação dos bancos de dados biométricos são medidas necessárias para tornar o trabalho dos datiloscopistas mais eficiente. Além disso, é essencial que haja um reconhecimento maior da profissão e investimentos para garantir melhores condições de trabalho e aprimoramento dos serviços prestados à sociedade.

A valorização desses profissionais é fundamental para que possam continuar desempenhando sua função com qualidade e contribuindo para a segurança pública e a identificação confiável de pessoas.


Curiosidades sobre a datiloscopia

A datiloscopia apresenta diversas curiosidades interessantes. As impressões digitais começam a se formar ainda no útero, por volta da décima semana de gestação, e permanecem inalteradas ao longo da vida. Nenhuma impressão digital é igual a outra, nem mesmo em gêmeos idênticos.

O argentino Juan Vucetich desenvolveu o primeiro sistema oficial de datiloscopia em 1891. Em 1892, autoridades na Argentina utilizaram, pela primeira vez, uma impressão digital para identificar um assassino e solucionar um crime.

Além das pontas dos dedos, a datiloscopia também inclui padrões únicos das palmas das mãos e plantas dos pés, o que amplia as possibilidades de identificação.


Conclusão

O Dia do Datiloscopista, celebrado em 5 de fevereiro, reconhece a importância desses profissionais na segurança pública, na expedição de documentos e na investigação criminal.

Os papiloscopistas desempenham um papel essencial na sociedade desde a implementação do sistema datiloscópico no Brasil, em 1903. Esses profissionais preservam e protegem a identidade de cada indivíduo.

A modernização da datiloscopia, com a adoção de novas tecnologias, tem tornado o trabalho desses profissionais ainda mais eficiente. No entanto, desafios como a falta de investimentos e a necessidade de capacitação contínua ainda precisam ser superados.

A valorização do trabalho dos datiloscopistas é essencial para que possam continuar contribuindo para a segurança e a justiça, garantindo um sistema de identificação confiável e preciso para toda a sociedade.


Links úteis para saber mais

A história da Datiloscopia no Brasil – Polícia Federal
Como se tornar um papiloscopista – Concursos Públicos
Avanços na biometria e identificação digital

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