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Lei que proíbe celulares transforma intervalos com forró no Ceará

A implementação da lei que proíbe o uso de celulares nas escolas tem gerado debates sobre os impactos na rotina dos alunos. Contudo, na Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) Cônego Luiz Braga Rocha, em Ibaretama, no interior do Ceará, essa mudança resultou em um fenômeno positivo e inesperado: os estudantes começaram a dançar forró durante os intervalos.

Essa iniciativa surgiu como uma forma de ocupar o tempo dos alunos, que, sem a distração dos celulares, passaram a buscar novas maneiras de interagir. O resultado tem sido uma convivência mais saudável e animada, como destacou a diretora da escola: “Antes, não havia esse tipo de convivência entre os alunos.”

Neste artigo, exploraremos os impactos dessa mudança, a influência cultural do forró nos intervalos escolares e como a proibição dos celulares pode transformar a dinâmica social entre os estudantes.


A lei que proíbe celulares nas escolas

A lei que proíbe o uso de celulares em escolas foi criada para melhorar o ambiente de aprendizado, diminuindo distrações e promovendo uma maior interação social entre os alunos. Embora tenha enfrentado resistência inicial, a medida visa fomentar um espaço onde a convivência e o foco nos estudos sejam priorizados.

Na prática, os dispositivos móveis estão restritos durante o horário escolar, incluindo os intervalos. Isso encorajou os estudantes da EEMTI Cônego Luiz Braga Rocha a encontrar novas formas de se divertir, transformando os momentos de pausa em oportunidades de interação cultural.


Forró nos intervalos: uma conexão cultural

O forró, gênero musical característico do Nordeste, desempenha um papel fundamental na identidade cultural da região. Incorporar a dança nos intervalos escolares não apenas resgatou uma tradição local, mas também fortaleceu os laços entre os alunos.

Os intervalos agora são marcados por rodas de dança, com alunos e professores interagindo de forma descontraída e animada. A música promove uma atmosfera alegre e acolhedora, permitindo que os jovens desenvolvam habilidades sociais e culturais enquanto se divertem.


Benefícios da proibição do celular

A proibição do uso de celulares nas escolas trouxe, além disso, diversas vantagens que vão além da melhora na interação social. Confira, a seguir, alguns dos principais benefícios:

Maior interação social: Sem os celulares, os alunos são, portanto, incentivados a conversar, brincar e se conectar com os colegas.

Redução de distrações: Com menos tempo gasto nas telas, os estudantes conseguem, assim, focar mais nas aulas e nas atividades escolares.

Valorização de atividades coletivas: A dança e outras práticas culturais ganharam destaque, promovendo, além do mais, a união e o trabalho em equipe.

Melhora no desempenho acadêmico: Estudos mostram que, por conseguinte, a diminuição do uso de celulares pode ter um impacto positivo na concentração e no aprendizado.


Um exemplo que viralizou

Nesta semana, um vídeo que mostra os alunos da escola dançando forró durante o intervalo viralizou nas redes sociais. As imagens capturaram o entusiasmo dos estudantes, que estavam completamente envolvidos na atividade.

O vídeo rapidamente chamou a atenção de internautas, gerando comentários positivos sobre a criatividade e a alegria dos jovens. Muitos destacaram a importância de iniciativas como essa para melhorar o ambiente escolar e fortalecer a cultura local.


A influência do forró no desenvolvimento dos alunos

O forró não é apenas uma dança, mas uma expressão cultural que carrega elementos de tradição, história e identidade regional. Para os estudantes, participar de rodas de forró durante os intervalos vai além da diversão:

  • Desenvolvimento motor: A prática da dança estimula a coordenação motora e o equilíbrio.
  • Socialização: Participar de uma atividade coletiva ajuda os alunos a se sentirem mais conectados e incluídos.
  • Resgate cultural: A dança promove o reconhecimento e o respeito pela cultura nordestina.

Esses aspectos fazem do forró uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento integral dos jovens, contribuindo tanto para a formação pessoal quanto para o bem-estar coletivo.


Adaptação à nova rotina escolar

A implementação da lei exigiu uma adaptação gradual por parte dos alunos, professores e gestores escolares. No início, muitos estudantes relataram dificuldades em se desconectar dos celulares, mas, com o tempo, atividades como o forró ajudaram a preencher esse vazio.

A diretora da escola destacou que, antes da proibição, os alunos ficavam isolados, cada um em seu celular. Hoje, os intervalos são momentos de interação e alegria, fortalecendo a convivência entre os colegas.


O que outras escolas podem aprender com essa experiência

A experiência da EEMTI Cônego Luiz Braga Rocha serve de inspiração para outras instituições que buscam implementar a proibição do celular de maneira positiva. Aqui estão algumas lições valiosas:

  1. Incentive atividades culturais: Promover danças, jogos e outras práticas culturais pode tornar a transição mais agradável para os alunos.
  2. Ouça os estudantes: Entender as preferências dos jovens é essencial para criar atividades que realmente os engajem.
  3. Crie um ambiente acolhedor: A música e a dança ajudam a criar um espaço mais leve e convidativo, facilitando a interação.
  4. Envolva a comunidade: Professores, pais e outros membros da comunidade podem contribuir com ideias e apoio para enriquecer a experiência escolar.

O futuro das escolas sem celulares

A proibição do uso de celulares nas escolas levanta questões importantes sobre o papel da tecnologia na educação e na formação social dos jovens. Embora a tecnologia seja uma ferramenta poderosa, é essencial equilibrá-la com atividades que promovam a interação humana e o desenvolvimento cultural.

Iniciativas como as rodas de forró mostram que é possível criar um ambiente escolar mais dinâmico e conectado, onde os alunos possam explorar diferentes formas de aprendizado e convivência.


Conclusão

A implementação da lei que proíbe o uso de celulares nas escolas gerou, de forma significativa, mudanças na rotina dos alunos da EEMTI Cônego Luiz Braga Rocha. Com criatividade e entusiasmo, eles transformaram os intervalos em momentos de convivência e celebração cultural, evidenciando que, além disso, a desconexão das telas pode trazer inúmeros benefícios para o ambiente escolar.

Ao adotar o forró como atividade central, a escola resgatou, assim, uma tradição local e fortaleceu os laços entre os estudantes. Com isso, provou-se que a educação vai muito além do conteúdo curricular. Essa experiência, por sua vez, inspira outras instituições a explorarem novas formas de engajar os jovens e promover, de maneira inovadora, um aprendizado mais humano e enriquecedor.

Links úteis:

  1. Lei sobre o uso de celulares nas escolas – Ministério da Educação
  2. Cultura do forró – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)
  3. Benefícios da interação social na educação – UNICEF

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